A GENIALIDADE DO POÉTICO
Poema-ensaio de Antonio Miranda
"Da inteligência pura libre de propósitos
e intenções atua de acordo com a
Primeira Lei da Criatividade poética: quando surge
a concepção estética, a vontade se ausenta
por completo da consciência."
[ ARIAS DE LA CANAL, Fredo.* ]
Conforme definiu Fredo Arias de la Canal:
"Quem não escreve, recita e publica
seus pesadelos, reprime o processo
pode enlouquecer (psicose)."
Saibam que o nosso cérebro,
de maneira independente
quando somos mais intuitivos
e criativos... Vale dizer, mais ativos.
Quando desperta a clarividência,
evidência do remoto.
"O mundo objetivo é um mero
fenômeno do cérebro" (Arias de la Canal).
Aristóteles, nosso mestre redivivo
e em nós ativo, nos leva à metáfora,
de dentro para fora, substantivo...
Demonstrando contradições
e transforma o impossível em possível.
Quem duvida: minimiza a vida, promove
a espontaneidade involuntária (Schelling).
Escapar da "síntese dos opostos" (Jung).
O pensamento original está separado
— é independente, certamente, da vontade —
vocifera Schopenhauer, acordando a fera
— esfera criativa — do pensamento
involuntário...
O gênio reflexivo percebe o que os outros
não percebem. Recebem pela intuição.
Todos insistem: o objeto estético
e o metafórico são uma mesma coisa!
Superar a realidade visual e criar
uma nova realidade, bela e sobrenatural.
Diante de duas verdades,
(conceito de complementaridade
— Niels Bohr) "podendo reconhecer a ver
dade profunda pelo fato de que seu oposto
é também uma verdade profunda"!!!
*ARIAS DE LA CANAL, Fredo. Poesia Canaria — Estudio protoidiomático. México:
Frente de Afirmación Hispánica, A.C., 2002. p. VII
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